Em mais umas andanças chapinas, fui parar na cidade de Xela, que pertence ao departamento de Quetzaltenango. Embarcamos num sábado de madruga eu, Fábio (Brasil), Miriam e Fidel (México), Estrella (Guate), Nina (Noruega), Malek (Alemanha) e o Pieter (Holanda).
Para aquecer os motores e espantar o sono de todos os passageiros, o motorista resolveu colocar pra tocar "A 77 piores da Guatemala" e nos fez ir ouvindo daqui a Xela (3h30 de viagem) uma seleção de música medonha no último volume. Nessa hora agradeci a Deus a existência de MP3 player e Ipods e fui ouvindo a linda sintonia entre guitarras, baterias e baixos ser invadida por um toque de sanfona desafinada nos resquícios da caixa de som do ônibus que entravam pelos meus ouvidos.
Justamente naquele sábado era a final do "Guatemaltecão", que apelidado por mim seria algo como o Campeonato Brasileiro em terras chapinas e em estádios piores que do Estrela, em Cachoeiro do Itapemirim (para quem não sabe é o time da cidade natal do Roberto Carlos, que por sinal fará um show na Guatemala este mês hehehe). A cidade estava em polvorosa, porque a final foi entre o Municipal (da capital) e o Xelaju. E como Xelaju se pronuncia como Shelarrú e absolutamente ninguém conhecia o time (a não ser a Estrella), o apelidamos carinhosamente de XelaWHO?
Depois de devidamente instalados e alimentados, fomos ver o que a cidade tinha a oferecer. Bem, algumas voltas e uns quilômetros caminhados e vimos que não tinha tanta coisa assim. E eu insisti para que fôssemos ao tal Templo de Minerva, sugestão da amiga Celeste, que seria uma construção em estilo grego no meio da cidade. O que ela esqueceu de falar era que o tal templo estava caindo aos pedaços e que tudo ao redor fedia. Só sei que a Deusa da Sabedoria deve ter remexido a tumba na Grécia, em Júpiter, ou onde for, ao saber que aquilo foi construído em sua homenagem. Depois do templo, passeamos pelo mercado, rodamos mais um pouco e saímos para terminar de ver o tal jogo em um bar na cidade. Resulta que o XelaWHO perdeu de 3x0 e o Fidel ainda gritou "goool" quando o Municipal fechou o placar. Acho que nenhum habitante de Xela iria revidar a provocação, já que 99% do lugar tinha menos de 1.50 m.
De qualquer maneira, a visita a Xela valeu porque tivemos uma experiência que não se encontra em qualquer lugar. Nessa cidade há uma lenda de uma cigana que morreu muito jovem e que todos os dias aparecia uma rosa em sua tumba. A rosa supostamente era de um casinho proibido que ela teve antes de virar pó. No final das contas, as pessoas começaram a fazer pedidos de amor à cigana e hoje todos que vão a Xela têm que deixar um recadinho na sua tumba esverdeada. Nós que não somos bobos fizemos o mesmo, porém com a dúvida cruel se a pobre Vanuscha iria entender a torre de babel em que se transformou aquele cemitério.
E como boas ideias não têm hora e nem lugar, Vanuscha Cárdenas Barajas serviu de inspiração para o 3º episódio do Mira Pues, mais cosmopolita do que nunca.
Hasta luego, muchis.
Para aquecer os motores e espantar o sono de todos os passageiros, o motorista resolveu colocar pra tocar "A 77 piores da Guatemala" e nos fez ir ouvindo daqui a Xela (3h30 de viagem) uma seleção de música medonha no último volume. Nessa hora agradeci a Deus a existência de MP3 player e Ipods e fui ouvindo a linda sintonia entre guitarras, baterias e baixos ser invadida por um toque de sanfona desafinada nos resquícios da caixa de som do ônibus que entravam pelos meus ouvidos.
Justamente naquele sábado era a final do "Guatemaltecão", que apelidado por mim seria algo como o Campeonato Brasileiro em terras chapinas e em estádios piores que do Estrela, em Cachoeiro do Itapemirim (para quem não sabe é o time da cidade natal do Roberto Carlos, que por sinal fará um show na Guatemala este mês hehehe). A cidade estava em polvorosa, porque a final foi entre o Municipal (da capital) e o Xelaju. E como Xelaju se pronuncia como Shelarrú e absolutamente ninguém conhecia o time (a não ser a Estrella), o apelidamos carinhosamente de XelaWHO?
Depois de devidamente instalados e alimentados, fomos ver o que a cidade tinha a oferecer. Bem, algumas voltas e uns quilômetros caminhados e vimos que não tinha tanta coisa assim. E eu insisti para que fôssemos ao tal Templo de Minerva, sugestão da amiga Celeste, que seria uma construção em estilo grego no meio da cidade. O que ela esqueceu de falar era que o tal templo estava caindo aos pedaços e que tudo ao redor fedia. Só sei que a Deusa da Sabedoria deve ter remexido a tumba na Grécia, em Júpiter, ou onde for, ao saber que aquilo foi construído em sua homenagem. Depois do templo, passeamos pelo mercado, rodamos mais um pouco e saímos para terminar de ver o tal jogo em um bar na cidade. Resulta que o XelaWHO perdeu de 3x0 e o Fidel ainda gritou "goool" quando o Municipal fechou o placar. Acho que nenhum habitante de Xela iria revidar a provocação, já que 99% do lugar tinha menos de 1.50 m.
De qualquer maneira, a visita a Xela valeu porque tivemos uma experiência que não se encontra em qualquer lugar. Nessa cidade há uma lenda de uma cigana que morreu muito jovem e que todos os dias aparecia uma rosa em sua tumba. A rosa supostamente era de um casinho proibido que ela teve antes de virar pó. No final das contas, as pessoas começaram a fazer pedidos de amor à cigana e hoje todos que vão a Xela têm que deixar um recadinho na sua tumba esverdeada. Nós que não somos bobos fizemos o mesmo, porém com a dúvida cruel se a pobre Vanuscha iria entender a torre de babel em que se transformou aquele cemitério.
E como boas ideias não têm hora e nem lugar, Vanuscha Cárdenas Barajas serviu de inspiração para o 3º episódio do Mira Pues, mais cosmopolita do que nunca.
Hasta luego, muchis.